Bento vai à praia! Adeus Bahia...
Enfim se acabaram nossos dias na praia. O rei do rio, da praia, da bola e do frisbie, o Bento, iria embora, e nós também.
Saímos de madrugada, para chegar a algum lugar mais próximo de Brasília, e atravessar de dia os buracos de Caetités.
Assim que saímos Bento deu da latir para os carros que vinham no sentido contrário. Eu dei um nó em sua guia, e encurtei sua valentia. Sem outra coisa melhor para fazer ele dormiu boa parte da viagem.
É, quanta mudança não é mesmo seu Bentinho? Veio acelerado, acordado e latindo a viagem toda de ida. Dezoito horas ainda mais difíceis em sua companhia. Mas na volta dei jeito em você, e não fosse por um latido ou outro mais afoito, você tiraria nota dez. Posso lhe dar oito e meio bem merecidos, bem diferente da nota dois da vinda.
A gruta encrustada no morro de pedra lapidada pelo tempo também era fantástica. O morro, o céu, a mata lá atrás, um presente inesperado de grande beleza. Mas era voltar os olhos para trás, e dar de cara com a cidadezinha com sua miríade de lojinhas do mercado e pequenos hotéis apinhados na rua, para pensar o quanto a natureza era pródiga, e o quanto o homem insensato...
O jantar foi bom além do esperado, graças a indicação resoluta de todos a quem perguntamos. Separei um pedaço do bife enorme para levar para Bento. Assim ele também jantou e passeou no pátio de carros do hotel.
No dia seguinte saímos cedo na manhã, e chegamos à tardinha em casa! Para se libertar da guia ele cortou com os dentes a coleira. Mas fizemos um trato, e ele foi o resto da viagem sem dar trabalho.
Bento passou uns dois dias apático. Creio que ele sentiu falta dos banhos de rio e de mar, das correrias na beira das ondas, das brincadeiras de bola e frisbie.
Mas a Bahia é longe demais Bento! Creio que não dá mais para ir de carro. Da próxima vez vamos levá-lo de avião, mas que você vai, você vai!
Este Bento é um figuraço, só conheço das fotos mas já gosto dele!
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