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Última parte

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 A menina passou pela sétima (creio que é um bom número) e última cirurgia. Ganhou no dedo o menor pino metálico já usado no Brasil, seu caso foi tema de discussão médica e ganhou atenção em revistas internacionais da área médica. Enfim, o dedinho e a temível bactéria ganharam fama! Depois de meses de antibióticos e muitas visitas ao médico e novos e periódicos exames, ela estava curada, e isso é o que importa! A última falange foi fixada, e o dedo ficou um pouco menor, mas está funcional, graças a habilidade do Dr. Veronese. Nosso cãozinho já toma Gardenal há um ano, ele continua um Jack Russell ativo e cheio de energia, apesar de seus oito anos de idade. Mas está calmo e já não agride Nino. Esse ano estivemos novamente na praia com eles, e eles puderam nadar e correr na areia como dois cães felizes! E a novidade é que seremos avós, pois a filha mais velha será mãe no ano que vem, e assim nossos cãezinhos vão ter a atenção dividida com a criança que vai chegar! Como sempre digo, os fi

O dedinho x a marvada NA - parte II

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Foi um longo processo de reabilitação para o dedinho. Dor, fisioterapia, prótese e muitos antibióticos. A moça e seu dedo se recuperavam, e Bento passou a tomar fluoxetina. Mas ele atacou inesperadamente a garota, ferindo-lhe o pulso. E atacou Nino na madrugada, mais de uma vez. Pular da cama, voar pelas escadas com os gritos de Nino, agarrar Bento pelas patas traseiras até levantá-lo e fazê-lo soltar o outro, não é programa desejável... Agora Bento foi isolado na área de serviço à noite, mas teríamos que tomar mais providências, e a seguinte foi a consulta com a neurologista Dr. Raíssa. Bento passou a tomar Gardenal, e chamamos também um veterinário comportamental. Enfim, um trabalho de equipe pluridisciplinar! Seu treinamento com Dr. Olívio consistia muitas vezes em aprender a relaxar para ganhar um petisco, além de diversas medidas e aprendizados úteis para um cãozinho estressado... Faltava uma última medida, a mais radical: castração, ou em seu nome mais civilizado, orquiectomia. P

A incrível saga do dedinho x a marvada Nisseria Animaloris - parte I

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A história é longa, já dura oito meses, mas vamos com calma contá-la. Não sei dizer quando Bento ficou mais estressado, talvez ele nunca tenha aceitado bem a vinda de Nino. O fato é que seus trimeliques ficaram mais intensos, e ele passou eventualmente a bater os dentes também. Os espasmos também aumentaram, e ouvi o marido dizer várias vezes: Esse cachorro é epilético! Então os ataques a Nino ficaram frequentes; depois de seis meses de trégua (a maior que houve), ele atacou o amigo em dias seguidos. Andava meio encolhido, a cauda baixa, parecia sempre infeliz, embora não lhe faltasse mimos, brincadeiras, espaço e muito amor; além disso o tal colar de choques, poucas vezes usado, já estava há muito aposentado. Isso foi no segundo semestre de 2020. A vítima, ao contrário, estava sempre feliz! Nino perdoava quase imediatamente, e já estava pronto para mais uma corrida atrás da bolinha, ou do lagarto, ou da moto. Sempre de caudinha abanando! Sua única vingança era mijar! Como quem dizia:

Nem tudo são flores

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Quem tem um animalzinho de estimação sabe que nem tudo são flores nessa relação. Às vezes a vida assume cores dramáticas e nos joga em dúvidas, dilemas e situações jamais imaginadas. Isso aconteceu no início desse ano, mais um ano de pandemia, um ano de cuidados, de desafios mil para todos os habitantes nesse planetinha azul. Mas eu acredito que todas as situações são caminhos para que o amor se restabeleça onde deve estar, isto é, em toda parte. Tenho aprendido a não julgar, a não encontrar motivos ou justificativas para o que quer que seja, mas sim perguntar: aonde o amor precisa entrar? Talvez eu ainda não saiba essa resposta, mas ao escrever sobre tudo isso, quem sabe eu não venha a compreender aonde o amor deve entrar em nossa história. Vou contar, prometo, meus dedinhos já estão coçando para isso, e aliás é uma história sobre um dedinho, o da minha filha, e todo seu drama vivido nesse longo ano de 2021. Mas o final feliz de todas as coisas é certo! E chegaremos lá!

Rolar na bosta é normal?

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A primeira vez foi há poucos meses, quando papai ainda estava aqui, vivendo seus últimos e delicados dias. Nino entrou em casa com os pêlos grudados, fedendo feito um gambá. Pensei que ele tinha rolado sobre alguma coisa podre, quem sabe um bicho morto? Naquele momento tudo o que não queríamos era um risco de contaminação, e imediatamente joguei o cão no tanque para lavá-lo. Mas a coisa estava tão grudada no pêlo dele que tive que esfregá-lo com uma escova e sabão, e que catinga! Quanto mais lavava, mais fedia. Depois percorri o quintal em busca de um bicho morto e podre, que nunca encontrei. Uns meses depois, ao voltar de uma curta viagem, Lu me avisou que Nino havia repetido o feito, e lá foi de novo para o tanque e esfregação... Ele rolou na bosta, dona Liliam! Ela contou. Como é que? E cachorro rola na bosta? Na dele ou no do Bento? Mas isso são detalhes... Sabemos que Nino sempre foi chegado a uma sujeira. De banho e piscina ele passa longe - Bento adora! Felizmente ele

Um é príncipe, o outro... nem tanto...

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O tempo passou e Bento, aos quatro anos de idade, amadureceu, e tornou-se um verdadeiro príncipe. Sempre elegante, paciente com seu irmãozinho atrapalhado, quase nunca late, somente se alimenta quando tem fome, gentil e educado com os humanos da casa e as visitas, próximo sem ser invasivo (embora não dispense deitar debaixo da colcha, caso lhe seja permitido subir na cama...), nem festa não faz - aguarda que o chamemos. Quem te viu, quem te vê... O cão de outrora ligado em 220 Voltz, agora se deita em sua pose de esfinge ao nosso lado, atento, inteligente, terno, indulgente com Nino. Tudo bem, ele também precisa gastar sua grande energia correndo velozmente no quintal, e depois nadando graciosamente na piscina (é só dele agora) para esfriar o corpo. Mas não é mais todo dia que ele faz isso! Enquanto Nino, com um ano e meio de idade, volta e meia ainda dá suas mijadas pela casa para nosso desespero, lambe nossa cara até molhar a alma, late desesperadamente diante das visitas

Quando um não quer, dois não brigam!

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Já que estávamos decidindo por mais um cãozinho para fazer companhia ao intrépido Bento, este teria que ter um temperamento bem diferente. Na verdade, inteiramente diferente. Bento é um cão dominante, na ninhada de seis filhotes, era ele o que primeiro se aventurava. Era o que ia mais longe, o que latiu primeiro, o que reinava entre os irmãos. De fato o mais intrépido e corajoso. Na nova ninhada meu olhar recaiu sobre o mais tranquilo dos quatro filhotes. Ele ficava sempre por último, e também por baixo dos irmãos. Tropeçava nas próprias patas, e sua dona chegou a questionar se aquele filhote mais atrasadinho que os demais, era de fato "normal"... Bonitinho ele era, e medroso, corria agora sempre atrás do Bento. E ante qualquer barulho maior, batia em retirada. E diante de Bento, Nino acatava as "ordens". Quando via Bento nervoso ele se escondia, quando Bento corria atrás dele, ele se enfiava numa moita. Diante de um possível confronto Nino virava de barri