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Mostrando postagens de 2021

O dedinho x a marvada NA - parte II

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Foi um longo processo de reabilitação para o dedinho. Dor, fisioterapia, prótese e muitos antibióticos. A moça e seu dedo se recuperavam, e Bento passou a tomar fluoxetina. Mas ele atacou inesperadamente a garota, ferindo-lhe o pulso. E atacou Nino na madrugada, mais de uma vez. Pular da cama, voar pelas escadas com os gritos de Nino, agarrar Bento pelas patas traseiras até levantá-lo e fazê-lo soltar o outro, não é programa desejável... Agora Bento foi isolado na área de serviço à noite, mas teríamos que tomar mais providências, e a seguinte foi a consulta com a neurologista Dr. Raíssa. Bento passou a tomar Gardenal, e chamamos também um veterinário comportamental. Enfim, um trabalho de equipe pluridisciplinar! Seu treinamento com Dr. Olívio consistia muitas vezes em aprender a relaxar para ganhar um petisco, além de diversas medidas e aprendizados úteis para um cãozinho estressado... Faltava uma última medida, a mais radical: castração, ou em seu nome mais civilizado, orquiectomia. P

A incrível saga do dedinho x a marvada Nisseria Animaloris - parte I

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A história é longa, já dura oito meses, mas vamos com calma contá-la. Não sei dizer quando Bento ficou mais estressado, talvez ele nunca tenha aceitado bem a vinda de Nino. O fato é que seus trimeliques ficaram mais intensos, e ele passou eventualmente a bater os dentes também. Os espasmos também aumentaram, e ouvi o marido dizer várias vezes: Esse cachorro é epilético! Então os ataques a Nino ficaram frequentes; depois de seis meses de trégua (a maior que houve), ele atacou o amigo em dias seguidos. Andava meio encolhido, a cauda baixa, parecia sempre infeliz, embora não lhe faltasse mimos, brincadeiras, espaço e muito amor; além disso o tal colar de choques, poucas vezes usado, já estava há muito aposentado. Isso foi no segundo semestre de 2020. A vítima, ao contrário, estava sempre feliz! Nino perdoava quase imediatamente, e já estava pronto para mais uma corrida atrás da bolinha, ou do lagarto, ou da moto. Sempre de caudinha abanando! Sua única vingança era mijar! Como quem dizia:

Nem tudo são flores

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Quem tem um animalzinho de estimação sabe que nem tudo são flores nessa relação. Às vezes a vida assume cores dramáticas e nos joga em dúvidas, dilemas e situações jamais imaginadas. Isso aconteceu no início desse ano, mais um ano de pandemia, um ano de cuidados, de desafios mil para todos os habitantes nesse planetinha azul. Mas eu acredito que todas as situações são caminhos para que o amor se restabeleça onde deve estar, isto é, em toda parte. Tenho aprendido a não julgar, a não encontrar motivos ou justificativas para o que quer que seja, mas sim perguntar: aonde o amor precisa entrar? Talvez eu ainda não saiba essa resposta, mas ao escrever sobre tudo isso, quem sabe eu não venha a compreender aonde o amor deve entrar em nossa história. Vou contar, prometo, meus dedinhos já estão coçando para isso, e aliás é uma história sobre um dedinho, o da minha filha, e todo seu drama vivido nesse longo ano de 2021. Mas o final feliz de todas as coisas é certo! E chegaremos lá!