Bento vai à praia! 4th roud: Bento e as cachorras


Meu maior receio em levar Bento para Trancoso, era em como seria a reação dele ao conhecer as cadelinhas da Mari, dona da pousada em que ficaríamos.

Ela e o marido sempre tiveram cães, de preferência da raça Pincher, que criam com o maior carinho. Pois bem, agora eles têm duas cadelas, a maior delas é a Chiquita, uma vira-lata de dois anos de idade, que foi encontrada no container do lixo, e que certamente teria morrido não fosse a intervenção do casal em levá-la para casa e cuidá-la.

Bom, com esta não havia com o que me preocupar, pois é do tamanho do Bento e castrada. Ela saberia se defender muito bem, caso eles não se entendessem. Minha preocupação estava com a Nina, a Pincher pretinha de 6 meses de idade e um palmo de tamanho (tanto na altura como no comprimento).

Bastaria Bento invocar com ela, e em meio minuto ela lhe estaria servindo de palito de dentes... É um pensamento horroroso, mas aqui em Brasília Bento não respeitava cão nenhum, não importa tamanho, sexo ou idade! Ele estava se tornando um cão nada sociável com sua própria espécie.

Estávamos então articulados para manter nosso feroz cão de 7 meses na coleira, o tempo todo em que estivéssemos na vila ou na pousada. Mas nos primeiros dias em que chegamos os donos não se encontravam, e haviam levado com eles as companheiras caninas. Bento pode usufruir de liberdade na pousada.

Ficamos também mais tranquilos, ao ver que ele não reagia aos outros cães soltos da vila de Trancoso, afinal ele era o único na coleira, e ia levar um surra se mostrasse os dentes. Ele foi cheirado e cheirou, por fim até abanava a cauda longa e peluda para seus novos amigos.

Quando Mari, o esposo e as cadelas chegaram, fomos tentar fazer uma aproximação. Primeiro Bento na coleira, mas depois fui convencida a soltá-lo. Nem parecia o mesmo cão. Os três se cheiraram, balançaram as caudas e os cotocos, e dali à pouco brincavam!

Quem diria! Nina adorou o novo amigo, se deitava de barriguinha para cima, enquanto ele a lambia (quanta intimidade!), depois cansava e latia para ele (se é que se pode chamar de latido...), e ele pulava para trás respeitando a amiguinha.

Quanto a Chiquita, eles começavam sempre bem, brincadeiras e correrias, mas depois Bento queria entrar em jogos mais adultos com ela, e o jeito era prendê-lo na guia no pé da mesa do café da manhã.

No último dia de praia combinamos de nos encontrarmos todos, humanos e a cachorrada. Numa manhã linda de céu azul e maré baixa, os bichos correram atrás da bola, do frisbie e um do outro, e nadaram do mar de águas calmas. Foi uma farra e tanto. E ainda, vez por outra, passavam os amigos do casal, acompanhados é claro, de seus bichos de estimação. Às vezes se entendiam, às vezes não, o caso é que foi uma festa para cão nenhum botar defeito.

Depois foi se jogar na areia, debaixo do pergulado de madeira e descansar! Cães cansados, donos satisfeitos!

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