Bento no reformatório?


Não temos dúvida que temos um cãozinho muito inteligente, que entende tudo e só falta falar (ou não falta, pois seu olhar expressivo nos revela suas vontades), mas por que o danado só obedece quando quer? E com seu olhar comprido e revelador é mais fácil obedecermos e ele que ele a nós...

Mas não desejamos entrar em uma ditadura canina! E acabamos descobrindo que sim, existe um internato para cãezinhos rebeldes! Tipo um colégio Poliedro para cães, com hospedagem e tudo. O bichinho fica lá internado dois meses, volta para casa nos sábados à tarde e de novo para o internato nos domingos ao final do dia.

Aula, aula e aula. No último sábado nós acompanhamos e aprendemos os comandos. No currículo, disse a moça ao telefone: hábitos higiênicos - não precisa, respondeu minha filha, o Bento nunca deu problema com isso; reversão de comportamentos negativos, tipo pular nas visitas, morder todo mundo, atacar os cães de vizinhança, correr atrás dos carros junto a cerca, etc... - é isso mesmo! respondeu a filha do meio; e aprendizado de truques básicos - sempre bom.

Ele não precisa ficar tipo Jesse, o cãozinho (ou será cadela?) do Facebook, que faz tudo, desde colocar a mesa para o café da manhã, tirar o pó dos móveis, passar aspirador, até catar o lixo jogado nos gramados. Mas bem que ele podia ao menos guardar seus brinquedos em sua caixinha de brinquedos! Aqui em casa tem brinquedo do Bento por toda parte, no quintal, debaixo dos móveis, na varanda, em cima de nossas camas e sofá...

Outro aprendizado importante: não se importar com as bolas que não são suas. Ele gosta tanto de bola que pára para ver televisão quando tem futebol, vôlei ou basquete. No quintal tem umas bolas perdidas dele, e todos os dias ficamos jogando com ele. Mas vira problema esta paixão pelas redondinhas, quando o safado fica debaixo da mesa de ping-pong, só para agarrar e destroçar as bolas que caem no chão! Preso em casa ele fica por horas pulando na porta e chorando.

Meu marido adorou a ideia de darmos um perdido no cão por dois meses, e voltar com ele educadíssimo, um príncipe como fala a garota. Duvido que ele aguentava, não ter o Bento para dividir o gelo com ele, para se esconder debaixo da nossa cama na hora de dormir na cozinha; para se enfiar em nossa cama, bem no meio de nós dois para um cochilo; roubar nossas meias, ou para dar uma canseira na gente na tentativa de agarrá-lo, quando fica correndo e provocando os enormes cães do vizinho, até ficar enlameado e precisar de mais um banho de patas no tanque...

Eu já disse que não aguento ficar longe dele não! Ele é tão fofinho!!!!

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