Quase humano...


Tenho certeza que Woody, nosso querido Schnauzer, era um cachorrinho. Agia como tal. Mesmo que o mimássemos, ele ainda era um cão. Defendia nossa casa e nosso quintal, não queria a entrada de estranhos - sabia, não sei como, quem era amigo e quem vinha fazer um serviço, estes últimos ele enfrentava.

Latia para as motos, para os carros, nunca aprendeu a andar na coleira, aceitava os cães vizinhos como cães dos vizinhos!

Mas quanto ao Bento, não sei não. O pequeno vive um conflito, não sabe se age como cão ou como gente. Implica com os cães vizinhos, simplesmente para implicar. Sabe pedir o que quer, e recebe o que quer (entendemos tudo!).

É carente feito gente. Nunca vi gostar tanto de carinho e colinho. Está aprendendo a ver televisão, cada vez presta mais atenção. Já tem seus anúncios favoritos, os conhece pela música. Adora os anúncio de ação. Reconhece um bicho passando lá atrás da reportagem. Ataca os animais, não gosta de briga, detesta as pegadinhas do Faustão. Gosta de ver esportes com bola. Se fosse gente ia querer ser jogador de futebol, tenho certeza.

Ele assistiu o Jurassic Park conosco. Ficou meio bolado com os dinossauros, mas em respeito à família, desistiu da atacar os bichos e assistiu comportado sobre o pufe.

Quando não fazemos o que ele quer, ele range os dentes, ou nos morde (tudo bem, é de leve). É assim quando o tiramos do carro - aquela hora não era para passear com ele. Ou quando a menina quer tirá-lo da cama dela para ele ir dormir na cozinha. Ao contrário de Woody, ele traz sua bolinha para brincar com o pessoal que vem consertar a internet, o telefone...

Ele sabe quando fez besteira, e se esconde debaixo de alguma mesa. A Lu diz que ele tem mais consciência do que é certo ou errado que muita gente por aí!

Então estou desconfiada que Bento não é propriamente um cão, mas um ser híbrido. Pensamos que um companheiro de raça talvez lhe devolva a naturalidade canina, mas fico pensando se não teríamos a formação de uma quadrilha...

Dois brigando com os cachorros dos vizinhos. Dois caçando (Bento já esqueceu esta peculariedade da raça). Dois para tirar de dentro do carro, ou para se enconder debaixo da cama...

Ele também teria que vencer seus ciúmes. Ele ficou enciumado com a Kika por aqui, por fim a cercava e não deixava que se aproximasse da família. Ficou aliviado quando ela se foi ao final do segundo dia. Ainda não sabemos se ela está prenha do Bento. E se estiver, estamos ainda pensando se vamos ficar com um filhote para companheiro do nosso cão.

Mas tudo isso é história para outro capítulo...

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